Portela +1
Espanto-me por ter que dar os dois braços a torcer ante a visão estratégica de certa classe política! Num instante de relâmpago, soube entender os governos que há trinta e tal anos demoram a decisão de onde e quando fazer um novo aeroporto.
Torcendo os braços ao máximo, confirmei que os e as protegidas pelas quotas da igualdade de género rilham ossos do ofício à procura de tutano que dê mínimo sabor a sopas dadas aos pobres, no espírito de destes ser o céu seguro no trânsito entre e Ota e Alcochete.
Não entenderão os pobres, com a barriga a dar horas, a complexa indigestão de tão magna decisão que causa tantos arrotos mas nem por isso alivia intensa prisão de ventre dos e das que também querem um cheirinho de tutano?
Não entenderão os pobres que no antigo Mosteiro de São Bento da Saúde a dita já foi à vida em busca de melhores ares?
Torçam os braços, entendam! Com tanto ar comprimido, deixem voar os e as que ponderam aterrar na decisão de comprar um porta-aviões barato, ou amarrado ao Bugio, opção 1, ou opção 2, igualmente vantajosa, fundeado nas Berlengas.
Nestas opções carecidas de estudo aprofundado (por consultores insignes em longa fila de espera para beijar sim-senhores dos e das que deles esperam a surpresa de lembranças) está a visão estratégica do laço entre gerações, pois em 2060, pouco antes ou depois, os e as hoje com fraldas mas futuros cinquentões, talvez sem estudos decidam mandar o porta-aviões para as bandas da Portela, afinal a solução de uma velha equação, a da Portela +1...
AMM
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