BANCA - LUCROS "PORNOGRÁFICOS"
A propósito da notícia de “como mediante o simples arredondamento das taxas do crédito à habitação, os bancos que o concedem têm gerado lucros desproporcionados”, dei comigo a pensar de que os lucros que os grandes bancos e demais sociedades financeiras portuguesas continuam pomposamente a revelar desde há anos, são claramente “habilidosos”, “injustos” e “inexplicáveis”, direi mesmo “pornográficos”.
Porquê? Porque não é nada fácil conceber que estando a economia portuguesa “afogada” há mais de uma década numa das suas maiores crises de sempre, existindo uma instabilidade social instalada por virtude da cada vez maior depauperada situação económica-financeira da generalidade das famílias portuguesas, depois como por magia, surge o aparato dos objectivos ultrapassados, o sucesso e triunfo fáceis dos grandes empórios financeiros portugueses.
Por mais argumentos que a teoria económica ou os analistas financeiros (quase sempre ligados de uma maneira ou outra aos ditos empórios ... ) apresentem, por mais competitivas e inovatórias medidas de gestão com que os mesmos possam operar no mercado, há algo que se está a passar neste domínio que tresanda a «pornografia».
Em economia, não há milagres e quem tem retornos de investimentos faustosos e garantidos, está certamente a «mamar na teta do consumidor», pois não é possível que as grandes empresas (da banca, energia, telecomunicações) estejam a passar ao lado da crise, continuem a remunerar generosamente os accionistas, os respectivos gestores de topo se autopremeiem de forma abusiva criando patamares remuneratórios dos mais altos da Europa que quase nunca reflectem mérito antes resultam do amiguismo, clientelismo ou subserviência, se tudo isto não for à custa dos preços ao consumidor.
Mas há concorrência, dirão os entendidos, como bastas vezes já ouvi dizer no que toca aos bancos, aos presidentes da ABP (João Salgueiro) e do BP (Vítor Constâncio).
Haverá? Tenho dúvidas, porque se houvesse verdadeira concorrência, era impossível todos apresentarem em uníssono, taxas de crescimento dos lucros numa desenfreada competição de OPA’s, brios e vaidades. Tenho para mim (com a vantagem de não ser economista) que se houvesse verdadeira concorrência, os bons ganhavam e os maus perdiam (como acontece em todas as economias capitalistas, EUA à cabeça, onde vemos notícias de falências de majestáticas marcas empresariais ... ).
Em Portugal, não é assim ... aqui, ganham todos, e todos os anos cada vez mais.
Há aqui certamente como diz o ditado popular “rabo escondido com gato de fora”.
PS Estou, aliás, curioso de ver o que irá ocorrer relativamente à próxima e anunciada abertura à concorrência do mercado doméstico da electricidade ... se tudo se passar como na liberalização dos combustíveis, seguros, telecomunicações, tenho poucas dúvidas que os consumidores irão a breve prazo suportar mais pelo consumo da electricidade doméstica !!!
Porquê? Porque não é nada fácil conceber que estando a economia portuguesa “afogada” há mais de uma década numa das suas maiores crises de sempre, existindo uma instabilidade social instalada por virtude da cada vez maior depauperada situação económica-financeira da generalidade das famílias portuguesas, depois como por magia, surge o aparato dos objectivos ultrapassados, o sucesso e triunfo fáceis dos grandes empórios financeiros portugueses.
Por mais argumentos que a teoria económica ou os analistas financeiros (quase sempre ligados de uma maneira ou outra aos ditos empórios ... ) apresentem, por mais competitivas e inovatórias medidas de gestão com que os mesmos possam operar no mercado, há algo que se está a passar neste domínio que tresanda a «pornografia».
Em economia, não há milagres e quem tem retornos de investimentos faustosos e garantidos, está certamente a «mamar na teta do consumidor», pois não é possível que as grandes empresas (da banca, energia, telecomunicações) estejam a passar ao lado da crise, continuem a remunerar generosamente os accionistas, os respectivos gestores de topo se autopremeiem de forma abusiva criando patamares remuneratórios dos mais altos da Europa que quase nunca reflectem mérito antes resultam do amiguismo, clientelismo ou subserviência, se tudo isto não for à custa dos preços ao consumidor.
Mas há concorrência, dirão os entendidos, como bastas vezes já ouvi dizer no que toca aos bancos, aos presidentes da ABP (João Salgueiro) e do BP (Vítor Constâncio).
Haverá? Tenho dúvidas, porque se houvesse verdadeira concorrência, era impossível todos apresentarem em uníssono, taxas de crescimento dos lucros numa desenfreada competição de OPA’s, brios e vaidades. Tenho para mim (com a vantagem de não ser economista) que se houvesse verdadeira concorrência, os bons ganhavam e os maus perdiam (como acontece em todas as economias capitalistas, EUA à cabeça, onde vemos notícias de falências de majestáticas marcas empresariais ... ).
Em Portugal, não é assim ... aqui, ganham todos, e todos os anos cada vez mais.
Há aqui certamente como diz o ditado popular “rabo escondido com gato de fora”.
PS Estou, aliás, curioso de ver o que irá ocorrer relativamente à próxima e anunciada abertura à concorrência do mercado doméstico da electricidade ... se tudo se passar como na liberalização dos combustíveis, seguros, telecomunicações, tenho poucas dúvidas que os consumidores irão a breve prazo suportar mais pelo consumo da electricidade doméstica !!!
CA
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