07 julho 2006

Desabafos...

Escrevinha-se num tablóide matutino que, em breve, os contribuintes que apresentem uma reclamação junto das Finanças vão perder, automaticamente, o direito ao sigilo bancário, mas que, segundo o Ministério das Finanças, não está previsto o alargamento do levantamento do sigilo bancário a outras situações, como, por exemplo, aos contribuintes que apresentem sinais exteriores de riqueza que não estejam de acordo com as respectivas declarações de rendimentos.
Assuntos desta natureza exigem ponderada análise da lei que vier a ser publicada para que Estado - descredibilizado e fraco - não se comporte como hiena velha e ladra dos direitos de quem trabalha e passe ao largo dos paquidérmicos parasitas sociais...
No Público, de hoje: As bombas produziram réplicas dentro de todos os londrinos. Assim se escrevinha também neste jornal...
No final do artigo, Um ano depois, hoje publicado no Diário de Notícias, António Vitorino declara que o problema não reside na pluralidade de valores, mas antes no relativismo dos valores que definem as nossas próprias sociedades. E por esse relativismo só nós somos responsáveis. O eminente Jurista, certamente por falta de espaço, não pôde referir a graduação de responsabilidades entre quem governou ou governa e os (des)governados pelos seus legítimos representantes...
Se, na óptica do eurodeputado Miguel Portas (Diário de Noticias, de hoje), um seu colega polaco é um fascista à moda antiga, fica por esclarecer a sua visão do que é, e como é, um fascista à moda nova...
Na sequência da mesma notícia, o eurodeputado Fausto Correia terá dito que é um preço que a democracia tem de pagar: ouvir as asneiras que alguns eleitos pela democracia atentam contra a democracia. Sabemos que sim... Demais!
AMM
Ver artigo de A.Vitorino