21 junho 2006

A razão de ser do Portugal Descrente

Observando a realidade actual, o corrupio anónimo das nossas ruas, fitando os rostos desconhecidos de gente cansada, escutando indiscretamente o rumor das conversas percebe-se que o país anda triste, descrente, fatalista, desanimado, em que as pessoas começam a não acreditar em mais nada, nem no país, nem nos políticos, nem no vizinho, nem em si próprios, enfim, um país amorfo que pulsa ao ritmo da maledicência e da inveja, em que os agentes políticos fizeram tudo por perder a credibilidade, em que a acção política aparenta ser um “centro de empregos de luxo”, em que o sentido de serviço e dedicação à res publica é cada vez menor, em que o e edifício construído há mais de oito séculos ameaça ruir pela base.
Esta é a realidade que temos que assumir, o nosso país está neste estado, mas terá Portugal de ser mesmo assim ou deveremos acreditar num Portugal diferente invertendo esta espiral de negatividade e apodrecimento das instituições, apostando num novo apelo à cidadania.
O Portugal Descrente é um “blog colectivo” que pretende confrontar através de olhares cruzados estas duas visões (pessimista/optimista) sobre o nosso país.