24 fevereiro 2007

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23 fevereiro 2007

Medo ou receio?

Medo, s.m., terror, receio, susto. Receio, s.m., temor, hesitação ou incerteza acompanhada de terror, apreensão. Estes os significados que constam de qualquer dicionário da Língua Portuguesa.

Na imprensa escrita de hoje, lê-se – e ainda alguns se espantarão... – que nenhum membro do governo se dignou estar presente no debate ontem realizado na Assembleia da República sobre corrupção.

Dirão – sem medo ou receio - os defensores da desqualificada maioria par(a)lamentar que, ontem mesmo, o governo sabia que tinha sido publicado o Aviso nº 21/2007, nos termos do qual os Camarões depositaram junto do Secretário-Geral da Nações Unidas, em 6 de Fevereiro de 2006, o seu instrumento de ratificação à Convenção contra a Criminalidade Organizada Transnacional, concluída em Nova Iorque em 15 de Novembro de 2000.

Claro! Para quê a perda de tempo do governo em debater na Assembleia da República a corrupção, quando a Convenção entrou em vigor na Republique Unie du Cameroun (esta a designação oficial do país em causa que o mne ignora no referido aviso...) em 8 de Março de 2006?

Ah, valentes ante medos e receios!

AMM

10 fevereiro 2007

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09 fevereiro 2007

Os Grandes Homens e as criaturas minúsculas.

Sócrates, um dos Grandes Filósofos da Humanidade, é reconhecidamente famoso há mais de 2400 anos. Fama ainda e sempre reconhecida por cada estudante de Filosofia, essa que algumas criaturas da política desconhecem e, por isso, pretendem retirar do ensino lusitano. Pois! Quanto mais ignaras as massas, quanto mais essas não souberem pensar e elevar-se através do pensamento, mais fácil será enganá-las, tripudiá-las, manipulá-las com a vilania típica dos que se disfarçam de democratas e servidores do povo.

Andam por aí, à solta, muitas criaturas minúsculas a teimar ficar na História, a teimar birras com berros, ameaças e chantagens... Pois! Anões mentais deslumbrados com a insignificância que têm... Ou, como escreveu Fernando Pessoa, Pobres diabos sempre com fome – ou com fome de almoço, ou com fome de celebridade, ou com fome das sobremesas da vida. Quem os ouve, e os não conhece, julga estar escutando os mestres de Napoleão e os instructores de Shakespeare. E, noutro fragmento do Livro do Desassossego, Às vezes falam deles os jornais mas a fama nunca. Tais criaturas, como muitas outras da mesma laia, ignoram que jazerão no lixo inútil de um qualquer caixote ignorado pelos historiadores que distinguem, perfeitamente, letras maiúsculas das minúsculas.

AMM

05 fevereiro 2007

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A REVOLTA dos DESEMPREGADOS e dos POBRES


Ao longo da história da humanidade se há realidade que é facilmente constatável é a de que não há “vitórias definitivas de ninguém”, nem dos homens, nem dos regimes, nem das nações.
Por mais do que os arautos da “globalização económica” queiram fazer crer sobre os benefícios dela resultantes para o conjunto da humanidade, penso que o mundo capitalista global está à beira do descontrolo e que também ele não passará de mais uma das “vitórias transitórias” em que a humanidade tem sido fértil.
Sintomas como os desequilíbrios nas economias de mercado, o poder das multinacionais sobrepondo-se ao dos Estados, a horda mundial dos “desempregados” da globalização (como o recente relatório da OIT o veio evidenciar), a vida sumptuosa e injusta dos gestores de topo, a corrupção fácil e endémica vigente nas sociedades de hoje, as “bolhas” resultantes da especulação financeira, a centralização da riqueza e o diferencial crescente entre os mais ricos e os mais pobres, fazem com que a previsibilidade da ocorrência da “Revolta dos Desempregados e Pobres” seja cada vez mais evidente.
Quando e onde ela começará (num continente de economias ricas – Europa ou EUA – de economias emergentes – Ásia – ou de economias pobres – África ou Médio Oriente ? ), quem será o líder ou líderes da mesma, não se sabe, mas que se sente que essa “Revolta” vai inevitavelmente ocorrer neste século, disso não parece restarem quaisquer dúvidas.
CA