16 julho 2006

Será este o motorista da família do ministro FA ?

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Motorista da família do Ministro

"Despacho do ex-Ministério dos Negócios Estrangeiros publicado no Diário da República de 12/07/2006:
Louvor n.º 532/2006 Louvo José Lopes Cardoso, motorista do meu Gabinete, especialmente encarregado do apoio automóvel à minha família directa, pelas suas excepcionais qualidades humanas, além de uma excelente educação, elevada competência profissional, capacidade de condução segura, pontualidade, aprumo pessoal e absoluta discrição. Senti-me sempre muito tranquilo por saber que estavam nas suas mãos os membros da minha família mais próxima que, por uma razão ou por outra, precisavam dos seus serviços, de que sempre muito gostaram.
30 de Junho de 2006. - O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Diogo Pinto de Freitas do Amaral."
Agora que o ministro Freitas do Amaral se foi embora, fica-se a saber por um despacho de louvor publicado no DR que tinha ao seu serviço, pago pelo Estado, um motorista para prestar apoio à "família directa" que por sinal gostavam dos serviços do dito !!!
E depois, ainda querem que acreditemos em tudo isto !!!
CA

14 julho 2006

Poetas e Poemas

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Pessoa, Torga, Camões, Sena.

Tarda o tempo de merecidas férias. Enquanto não passam as lentas horas que faltam, folgo uns minutos na net bem longe do Diário da República, dos jornais e dos tablóides que, não raro, também me causam náusea física, essa que, magistralmente, Fernando Pessoa registou no (para o) Livro do Desassossego: Tenho a nausea phisica da humanidade vulgar, que é, aliás, a única que há. E capricho, às vezes, em aprofundar essa nausea tal como se pode provocar um vómito para aliviar a vontade vomitar.

Mas, hoje, Perplexidade

Hesito no caminho.
Ninguém segue este rumo...
É noutra direcção
Que o vento leva o fumo
Das paixões...
Chegar, sei que não chego,
De nenhuma maneira;
Mas queria ao menos ir no lírico sossego
De quem não se enganou na estrada verdadeira.

E não vou.
Cada vez mais sozinho
Na solidão,
Duvido da certeza de meus passos.
Vejo a sede ancestral da multidão
Voltar costas às fontes que pressinto,
E fico na mortal indecisão
De afirmar ou negar o cego instinto
Que me serve de guia e de bordão.

Miguel Torga

Vou? Não vou? Adiante! Ao desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passar
No Mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado,
Assim que, só para mim,
Anda o Mundo concertado.

Luís de Camões

Desconcertado anda o Mundo e o País. Por isso, Maestros, precisam-se! E muitos, muito bons, capazes de concertar e afinar tantos dos ainda muitos executantes virtuosos e competentes que restam nesta Terra esgarçada e desconsertada por remendões descarados. Também cá os houve e há. Gostaria que não houvesse tantos, que por aí andam, para não me exilar na "descrença" que Jorge de Sena (doridamente, por perseguições sofridas) votou A Portugal:

Esta é a ditosa pátria minha amada. Não.
Nem é ditosa, porque o não merece.
Nem minha amada, porque é só madrasta.
Nem pátria minha, porque eu não mereço
A pouca sorte de nascido nela.

Nada me prende ou liga a uma baixeza tanta
quanto esse arroto de passadas glórias.
Amigos meus mais caros tenho nela,
saudosamente nela, mas amigos são
por serem meus amigos, e mais nada.

Torpe dejecto de romano império;
babugem de invasões; salsugem porca
de esgoto atlântico; irrisória face
de lama, de cobiça, e de vileza,
de mesquinhez, de fátua ignorância;
terra de escravos, cu pró ar ouvindo
ranger no nevoeiro a nau do Encoberto;
terra de funcionários e de prostitutas,
devotos todos do milagre, castos
nas horas vagas de doença oculta;
terra de heróis a peso de ouro e sangue,
e santos com balcão de secos e molhados
no fundo da virtude; terra triste
à luz do sol calada, arrebicada, pulha,
cheia de afáveis para os estrangeiros
que deixam moedas e transportam pulgas,
oh pulgas lusitanas, pela Europa;
terra de monumentos em que o povo
assina a merda o seu anonimato;
terra-museu em que se vive ainda,
com porcos pela rua, em casas celtiberas;
terra de poetas tão sentimentais
que o cheiro de um sovaco os põe em transe;
terra de pedras esburgadas, secas
como esses sentimentos de oito séculos
de roubos e patrões, barões ou condes;
ó terra de ninguém, ninguém, ninguém:
eu te pertenço.
És cabra, és badalhoca,
és mais que cachorra pelo cio,
és peste e fome e guerra e dor de coração.
Eu te pertenço mas seres minha, não.

Até à volta!
AMM

13 julho 2006

"Casamento" pela ADSE


No casamento pela ADSE além do pároco ser o Ministro das Finanças, a vantagem é que não há necessidade de troca de alianças!!!
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"Casamento" pela ADSE...

O ministro das Finanças não vai em cantigas... (Veja-se a Portaria nº 701/2006, de 13 de Julho). Ao regulamentar o procedimento de inscrição na ADSE como beneficiários familiares das pessoas que vivam em união de facto com o beneficiário titular, para além da declaração emitida pela junta de freguesia atestando que o interessado reside com o beneficiário titular há mais de dois anos, impõe a declaração de ambos os membros da união de facto, sob compromisso de honra, de que assumem a união e que esta perdura há mais de dois anos.

Ou seja: isso de viver junto sem papéis... Ná! Toca a declarar e a assinar, sob compromisso de honra, o compromisso de afeição durável há, pelo menos, dois anos! Não quiseram nem querem ir à Conservatória ou à(s) Igreja(s) mas vão à ADSE senão... E pensem bem, porque ninguém está livre de zeloso burocrata que duvide da veracidade das declarações, suscite incidentes vários durante uma vida inteira de forma a nem sequer poderem receber o subsídio de funeral...

AMM

Exames de Matemática

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Consequências do ensino da Matemática em Portugal!!!

Exames...

Ainda me surpreendo com declarações como a reportada, hoje, no Diário de Notícias, sobre negativas nos exames de Português (46%) e de Matemática (64%) do 9º ano de escolaridade:

De resto, houve quem confessasse ter abordado as provas com... descontracção: "Para passar, podia ter 2 no exame de Português e 1 no exame de Matemática, por isso nem me dei ao trabalho", disse ao DN Tiago Pires, 16 anos. "Não vou estudar só para ter melhor nota, não é?"

O jovem sabe do que fala! Afinal, 1 e 2 são números positivos, tão positivos como 2,6% de inflação, 7% de desemprego, 1% de crescimento do PIB, e anúncios, anúncios, anúncios de positivos milhões destinados à qualificação profissional... Jovens como ele, se quiserem, têm todas as condições para se profissionalizarem na política...

AMM

12 julho 2006

Juíz com dificuldades informáticas

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Juízes e Diário da República electrónico

Em princípio e contrariamente ao que irá suceder com o selo do carro a partir de 2007, a disponibilização do Diário da República exclusivamente electrónico não deverá trazer problemas de maior, pois o público-alvo são pessoas que é suposto utilizarem-no com a mesma naturalidade que usam um telemóvel ou um qualquer dos novos instrumentos tecnológicos.
Mas é claro não há regra sem excepção: segundo o presidente da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (DN de 4/07/2006) “ a maioria dos tribunais de 1.ª instância e superiores continua sem acesso à Internet”, além de que é preciso não esquecer que “os magistrados mais antigos poderão ter dificuldades com as ferramentas electrónicas”. E o delírio termina com um respício de reivindicação sindical: “Neste sentido a ASJP instou o Governo no sentido de saber se os juízes continuarão a receber o D.R. em formato papel. Trata-se de uma opção prevista no seu estatuto profissional, que não pode ser revogada por decreto-lei” (sic)
Percebe-se a lógica juízo-sindicalista, pois como poderá um juíz “info-excluído” interpretar e aplicar a lei que só existe em formato electrónico? Esqueceu-se o distinto "juíz-presidente-sindicalista" que bastará ao juíz com dificuldades informáticas ordenar ao funcionário judicial que lhe imprima a lei do DR electrónico!!!
Assim vai a aplicação do “plano tecnológico-socratiano” neste país de opereta!
CA

LEITURA

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Leitura é desporto?

No tempo em que os Professores (aqui, sim, com maiúscula) desbravavam e semeavam as mentes adolescentes para, muitos anos depois, ficarem gratificados com a colheita de princípios, valores e convicções dos seus discípulos (discípulos disciplinados mesmo quando as suas convicções filosóficas se tornavam opostas às dos Mestres), a leitura era um acto de inteligência. Antiguidades, velharias...

Hoje, segundo o Plano Nacional de Leitura, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros, nº 86/2006 (
http://dre.pt/), a área de intervenção para Jovens dos 13 aos 18 anos... Ler é Um Desporto, tal o Nome do Programa. Transcrevi bem: para o(s) escrevinhador(es) dos ministros, ler não é um desporto qualquer, é Um Desporto! Quase me apeteceu retornar aos meus 13 anos para também poder dizer e escrever sou Um Desportista, apesar de inapto para corridas, saltos, futebol, com ou sem agressões, preferencialmente com estas para poder ser eleito pelos plumitivos dos jornais como o melhor em campo... Livra!

Citando Antero de Quental (carta a Alberto Sampaio, 1865), o melhor é como aquela amizade que as mulheres oferecem, quando já não amam, como compensação... duma coisa que nada pode compensar!

Quanto ao mais da referida Resolução, haja quem possa divertir-se com a prosa dispositiva que, entre a nomeação da comissária e a criação da comissão interministerial, produz efeitos a partir da data da sua aprovação (1 de Junho). Que oportunidade! Que sagacidade! Que respeito pelos actos legislativos! Que visão táctica do jogo das publicações no Jornal Oficial! Uma Resolução do Conselho de Ministros (não obstante ser o 15º acto dos 18 que são objecto de publicação na 1ª série do Diário da República e que não carece da intervenção de outro Órgão de Soberania) é publicada apenas em 12 de Julho de 2006. Coitada! Quem sabe se terá andado fugitiva e escapado à revisão desde a sua aprovação? No entanto, a Lei nº 26/2006, de 30 de Junho (aprovada em 8 de Junho, promulgada em 22 de Junho, e referendada em 23 de Junho) dispõe que os actos legislativos e os outros actos de conteúdo genérico entram em vigor no dia neles fixado, não podendo, em caso algum, o início da vigência verificar-se no próprio dia da publicação. Ah, valente equipa de desportistas! Agridem o Português? Eleitos, já foram. Que outro prémio lhes pode ser dado?
AMM

Estanho


Não se esqueçam que de acordo com a legislação portuguesa os "objectos de estanho" são feitos de estanho!
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Legislação estanhada...

Como é bom aceder ao Diário da República Electrónico! Quem puder e quiser fica a saber que o Decreto-Lei nº 133/2006, de 12 de Julho, estabelece as condições a que deve obedecer a introdução em livre prática e a colocação no mercado dos objectos em estanho, com vista à prevenção dos riscos para a saúde, inerentes à utilização destes produtos (art.1º, nº1). E aumentará, certamente, os seus conhecimentos porque (nº2) considera-se que a introdução em livre prática e a colocação no mercado ocorre quando um produto é colocado à disposição do mercado pela primeira vez. Mais: esclarece-se (nº3) que A colocação no mercado pode ser a título oneroso ou gratuito. Pois! Esclarecida a introdução em livre prática e a colocação no mercado a título oneroso - Toma lá e dá cá!- ou gratuito - É de borla pró menino e prá menina!-, adianta o art. 2º que entende-se por "objectos de estanho" qualquer peça decorativa ou utilitária em que o elemento constituinte principal seja o estanho, sendo que estas peças, não se destinando a conter produtos alimentares, podem ser utilizados para esse fim. Haja saúde!
AMM

11 julho 2006

Sinais de trânsito à medida do legislar melhor...

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Assim legisla o governo...


Artigo 2º do Decreto-Lei nº 131/2006, de 11 de Julho:

O artigo 10º do Regulamento Que Fixa os Pesos e as
Dimensões Máximos Autorizados para os Veículos
em Circulação, aprovado pelo Decreto-Lei n.o 99/2005,
de 21 de Junho, passa a ter a seguinte redacção:

«Artigo 10º [. . .]
1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
c) O valor do peso bruto do automóvel, nos veículos
com peso bruto inferior ou igual a 35 kg destinados
a puxar reboques equipados com travões de serviço,
e uma vez e meia o peso bruto do automóvel, não
podendo exceder 3500 kg, no caso dos veículos ‘fora
de estrada’;
d) [Anterior alínea e).]
e) [Anterior alínea f).]
2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3— . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .»
Cristalino exemplo do programa governamental
Legislar melhor...
AMM

07 julho 2006

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PASSADO

O "Portugal Descrente" fará muitas referências ao passado, nomeadamente ao ambiente político do Portugal dos finais do séc. 19 princípios do séc. 20 em que supreendemente ou talvez não parece estarmos a viver a actual realidade política.
Porque será que isto acontece? Talvez porque o passado (tudo passa, o que julgamos que permanece é apenas o que passa mais devagar) a meu ver, só faz sentido para o presente. O passado não existe por si próprio. Nós interpretamo-lo como que o reciclamos. Também o reconstruímos. Porque, o que é o passado? É um conjunto de acontecimentos que não têm lógica por si mesmos. Nós é que lhe reconstruímos a lógica que nos parece significativa. O passado é, a cada vez, reinterpretado em função das necessidades da actualidade.
A verdade é que de uma maneira ou outra o passado continua presente em todos nós ... !
CA
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Desabafos...

Escrevinha-se num tablóide matutino que, em breve, os contribuintes que apresentem uma reclamação junto das Finanças vão perder, automaticamente, o direito ao sigilo bancário, mas que, segundo o Ministério das Finanças, não está previsto o alargamento do levantamento do sigilo bancário a outras situações, como, por exemplo, aos contribuintes que apresentem sinais exteriores de riqueza que não estejam de acordo com as respectivas declarações de rendimentos.
Assuntos desta natureza exigem ponderada análise da lei que vier a ser publicada para que Estado - descredibilizado e fraco - não se comporte como hiena velha e ladra dos direitos de quem trabalha e passe ao largo dos paquidérmicos parasitas sociais...
No Público, de hoje: As bombas produziram réplicas dentro de todos os londrinos. Assim se escrevinha também neste jornal...
No final do artigo, Um ano depois, hoje publicado no Diário de Notícias, António Vitorino declara que o problema não reside na pluralidade de valores, mas antes no relativismo dos valores que definem as nossas próprias sociedades. E por esse relativismo só nós somos responsáveis. O eminente Jurista, certamente por falta de espaço, não pôde referir a graduação de responsabilidades entre quem governou ou governa e os (des)governados pelos seus legítimos representantes...
Se, na óptica do eurodeputado Miguel Portas (Diário de Noticias, de hoje), um seu colega polaco é um fascista à moda antiga, fica por esclarecer a sua visão do que é, e como é, um fascista à moda nova...
Na sequência da mesma notícia, o eurodeputado Fausto Correia terá dito que é um preço que a democracia tem de pagar: ouvir as asneiras que alguns eleitos pela democracia atentam contra a democracia. Sabemos que sim... Demais!
AMM
Ver artigo de A.Vitorino

06 julho 2006

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Prova real ou dos nove?

Na edição de hoje, o jornal O Globo on-line noticia: Bens de Lula quase dobraram desde 2002. PT justifica evolução patrimonial com salários, aposentadoria e rendimentos de aplicações.
A (des)propósito, aquela historieta antiga do milionário que justificava a sua evolução patrimonial... Ainda miúdo, pobre e com fome, esmolara 1 maçã. Não a comeu, apesar da fome! Lavou-a, limpou-a, bruniu-a e vendeu-a, aplicando o rendimento em 2 maçãs que lavou e limpou e bruniu e vendeu, aplicando o rendimento em 4 e dobrando-o sistematicamente, até que, cansado de arrotar em seco, resgatou, como se fosse seu, o prémio de bilhete da lotaria que, por acaso, vira cair da carteira de quem o comprara... A amoralidade da historieta nada tem a ver com a moral de certos políticos, que, na ideia que têm e praticam da democracia, não rapinam lotaria premiada (o que pode dar nas vistas) porque o prémio apetecido e seguro é banco, cadeira ou sofá do poder que, com prova real ou dos nove, prove evoluções patrimoniais.
AMM
Notícia do Globo

05 julho 2006

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Descrença avassaladora!

A História do futuro, artigo de Vasco Graça Moura, hoje publicado no Diário de Notícias. Concorde-se ou não com os novos heróis emblemáticos da nacionalidade seleccionados pelo Escritor...
AMM
Ver o artigo de Vasco Graça Moura

04 julho 2006

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Água mole em pedra dura...

Almocei, sem o prazer de boa(s) companhia(s), num restaurante popular. Num televisor corria a notícia agigantada pelo escrevinhador do texto e pelo locutor de serviço: "Já 41 mortos no metro de Valência". Ouvi, distintamente, 5 sentenças berradas por comensais: 1ª- O gajo descarrilou pruqu'ia na broa! 2ª- Ná, as rodas bateram nos carris e estampou-se, tá visto! 3ª- Foi o qu'aconteceu em Pisa, lá na Suíça! 4ª- Pisa é Itália! 5ª - (o mesmo da 3ª) Sei lá, corri a Itália toda d'autocarro e nem sei o que vi! Os "juízes" de tais sentenças são imunes a quaisquer pressões de educação, senso e gosto. Como os outros, ditos togados, também são independentes, inamovíveis e irresponsáveis... E duram, duram, duram... Durem muito, porque água mole em pedra dura...
AMM
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Jornalista 20, escrevinhadores dos jornais 0!

E pretendia eu glosar um - e gozar com um - factóide publicado, hoje, num tablóide matutino... Desisti - e bem! - ante o notável artigo de Baptista Bastos, A imprensa sem alma, também publicado, hoje, no Jornal de Negócios. Um Jornalista profissional, inteligente, culto, experiente, com ideias estruturadas num Português perfeito versus muitos dos ditos "licenciados" em "Comunicação Social", meros empregados nos e dos jornais que temos o desprazer de ler porque são escrevidos - não escritos!- por escrevinhadores de serviço. Para alguns destes, alargo o meu critério de tolerância por saber que foram ensinados por criaturas sem ética e estética mas que se arrogam jornalistas. Quem não conheceu ou conhece alguns destes? Lembro-me de um que comentou um debate político que não viu nem ouviu porque, à mesma hora, bolsava um ror de banalidades num curso de pós-gaduação em horário pós-laboral... Parafraseando Pessoa, destes escrevinhadores falam os jornais, a fama, nunca!
AMM
Ver aqui o artigo de Baptista Bastos